Dúvida
O que é e como configurar o sistema para apurar o Custo de Entrada corretamente?
Ambiente
Cross Segmento - TOTVS Backoffice (Linha Protheus) - Estoque/Custos - Todas as versões.
Solução
Custo de entrada
A rotina Refaz Custo de Entrada tem o objetivo de "ajustar" custos de entrada quando algum(ns) documento(s) de entrada foram gerados com custo incorreto. O custo de entrada é apurado com base nas despesas e impostos recuperáveis.
Para configurar estes impostos de forma que o custo fique conforme a necessidade do usuário, podemos modificar o TES ou, em alguns casos, os parâmetros (SX6) do configurador.
Um dos parâmetros mais importantes é o MV_A190REF para que o custo de entrada seja o mesmo calculado pela rotina refaz custo de entrada (MATA190 - função A103CUSTO). Aconselhamos deixar este parâmetro habilitado. Para mais detalhes deste parâmetro, clique aqui.
A rotina Refaz Custo de Entrada pode ser executada sempre que necessário ou para ajustes do custo que não ficou correto.
Vídeos explicativos, com configurações dos impostos mais simples, para calculo no custo de entrada.
How To Como calcular PIS COFINS no custo de entrada#TOTVS Backoffice (linha Protheus)
Link: https://youtu.be/PCp_9tDG_ts
How To Como calcular IPI no custo de entrada#TOTVS Backoffice (linha Protheus)
Link: https://youtu.be/3C0Vpqz0uz0
How To Como calcular ICMS ST no custo de entrada#TOTVS Backoffice (linha Protheus)
Link: https://youtu.be/tJ-WjdME5Qk
How To Como calcular ICMS no custo de entrada#TOTVS Backoffice (linha Protheus)
Link: https://youtu.be/_7d0LZEpFPI
Nesta documentação não abordaremos a parte fiscal, utilizamos apenas as configurações mínimas para podermos apurar o custo, o ideal é que sempre seja ajustada primeiramente a parte fiscal e, somente após isso, ajustar o custo.
"Para o cálculo de custo o TES independente de atualiza ou não estoque, será apurado custos, exceto se for entrada por bonificação"
ICMS
O cálculo do ICMS pode ser feito deixando o campo F4_ICM = Sim, no nosso exemplo vamos utilizar uma nota com Valor Total de 1000 e alíquota de 12%. Podemos definir esta alíquota através do campo B1_PICM ou através de configurações específicas do Fiscal.
O custo sempre parte do Valor Total da nota conforme imagem abaixo:
Nos exemplos utilizaremos a entrada de um produto com quantidade 1 e custo unitário 1000. Utilizaremos esta métrica em todos os casos.
O ICMS (12%) já está embutido no custo portanto temos três possibilidades:
- Manter ICMS sem descontar do valor da nota;
- Fazer o ICMS abater do valor da nota;
- Somar o ICMS no custo do produto.
1° Exemplo - Mantendo o ICMS sem descontar do valor da nota;
Vamos verificar primeiro o custo sem o desconto do ICMS, ou seja, 1000 reais.
Então, configuraremos o TES da seguinte forma, F4_CREDICM = Não e F4_ICM = Sim, detalhes abaixo:
Agora veja detalhes da nota e posteriormente o Kardex por período (MATR900) com o custo da nota.
2° Exemplo - ICMS descontando do valor total da nota (e consequentemente o custo também):
Agora vamos abater o valor do ICMS do custo através do campo F4_CREDICM = Sim.
Veja que é a mesma nota que geramos o Kardex anteriormente, apenas alteramos o TES e executamos a rotina Refaz Custo de Entrada (MATA190). Desta forma, o custo passou de 1000,00 para 880,00
3° Exemplo - Somar o ICMS no custo do produto:
Para somar o ICMS no custo do produto precisa ter a configuração de TES nos campos F4_ICM = SIM e F4_AGREG = I, conforme exemplo abaixo:
Ao analisar na rotina de Documento de Entrada irá validar na aba impostos o valor do imposto que somará no custo do produto:
Ao analisar no Kardex (MATR900) irá verificar que o ICMS somou no custo do produto:
DIFAL
Para o cálculo do DIFAL entre no custo do produto, basta configurar os campos do TES da seguinte forma: Calcula ICMS (F4_ICM) = Sim, Material de Consumo (F4_CONSUMO) = Sim, Calc Dif ICM (F4_COMPL) = Sim, Livro Fiscal de ICMS (F4_LFICM) <> Não e F4_DIFAL = SIM e o parametro MV_BASDENT configurado de acordo com a UF do fornecedor.
Após ter feito a configuração acima da TES, favor incluir um novo Documento de Entrada referenciando a TES alterada e validar a aba impostos que irá informar o imposto e o valor que será acrescentado no custo da nota fiscal para o produto:
Para maiores informações sobre o DIFAL favor verificar na documentação abaixo:
MP - FIS - Configuração para calcular o diferencial(DIFAL) de alíquota nas operações de compras
IPI
Com o IPI temos três possibilidades:
- Mantermos o custo;
- Somar no custo;
- Em casos específicos abater do custo.
1° Exemplo - Mantendo o custo
Os campos para que possamos calcular o IPI são: F4_CREDIPI e F4_IPI. Utilizaremos uma alíquota de 8%, veja abaixo a imagem do TES:
Veja os detalhes no Documento de Entrada:
Veja abaixo no Kardex onde o custo do produto com o campo F4_CREDIPI = Sim, o sistema mantém o custo do produto.
2° Exemplo - Fazendo o IPI somar no custo do produto
Para somarmos o IPI no custo será necessário colocar o campo F4_CREDIPI = Não, veja abaixo o resultado.
3° Exemplo - IPI abatendo do custo total da nota.
Em alguns casos o cliente precisa abater o IPI do custo. Neste caso, podemos configurar o campo F4_IPI = R e o campo F4_CREDIPI = Sim. Também será necessário informar a porcentagem do IPI que será abatido através do campo F4_IPIPECR (no nosso exemplo colocaremos100%), veja abaixo que o sistema realizou o abatimento de 80 reais do IPI do custo.
ICMS ST/ICMS RETIDO
Para o cálculo do ICMS ST/ ICMS RETIDO temos algumas combinações possíveis devido aos ajustes da parte fiscal.
No caso do ICMS ST/ ICMS RETIDO podemos:
- Manter no custo;
- Somar no custo;
- Abater do custo.
1° Exemplo - Mantendo com o ICMS ST/ICMS RETIDO o valor do custo total da nota
Com o campo do Cadastro de Produtos B1_PICMENT = 12 e campo do TES F4_CREDST = 1, irá manter no custo, veja a imagem abaixo:
2° Exemplo - Somando o ICMS ST/ICMS RETIDO no custo do Produto
No caso o valor do ICMS ST é de 60, conteúdo do campo D1_ICMSRET.
Para somar o ICMS ST no custo, basta configurar o campo F4_CREDST com o conteúdo 2, 3 ou 4, qualquer uma destas opções irá somar no custo do produto, detalhes na imagem abaixo:
OBS: Outra forma de somar o ICMS ST no custo é com parâmetro MV_ICMRCUS habilitado e os campos do TES F4_ANTICMS = 1 e F4_CREDST = 4.
3° Exemplo - Abatendo o ICMS ST/ICMS RETIDO do custo total da nota
Para abater o ICMS ST do custo do produto pode ser feita a seguinte configuração: F4_CREDST = 1 e F4_INCSOL = A ou D, veja abaixo como ficou o custo:
PIS/COFINS
Para o cálculo do PIS/COFINS utilizaremos alíquotas 0,65% e 2%, o campo do TES "Pis/Cofins" (F4_PISCOF) = Ambos, os campos da tabela SD1 que serão alimentados são: D1_VALIMP5 (COFINS) e D1_VALIMP6 (PIS).
O PIS/COFINS pode ser usado e manter ou abater do custo total da nota. O campo chave para isso é o F4_PISCRED.
1° - Exemplo - Abatendo do custo total
Com campo F4_PISCRED = 1, o Protheus abaterá do custo, conforme imagem abaixo:
Também pode ser utilizado o campo F4_PISCRED = 1 com os parâmetros MV_CREDCOF e MV_CREDPIS habilitados para abater o PIS/COFINS do custo.
2° Exemplo - Mantendo o custo do produto
Vejamos agora a configuração para manter no custo do produto mesmo com o PIS e COFINS. Neste caso podemos configurar o campo F4_PISCRED = 2, 3, 4 ou 5.
PIS/COFINS Majorado
Para apuração do custo do PIS/COFINS Majorado temos que configurar os campos conforme a documentação abaixo, lembrando que não estamos validando a parte fiscal.
https://tdn.totvs.com/pages/viewpage.action?pageId=6076840
Caso tenha o cálculo do ICMS, deve-se configurar o campo do TES F4_CREDICM = Sim. Neste caso o ICMS não entrará no custo.
Veja um exemplo com:
- Alíquota de PIS (MV_TXPIS ) = 1,65;
- COFINS (MV_TXCOFIN) = 7,6;
- Alíquota majorada PIS (F4_MALQPIS) 0,45;
- COFINS (F4_MALQCOF) 2,05 e
- Crédito PIS/COFINS (F4_PISCRED) = 1.
Veja agora como ficou o custo, neste caso será o Total da Nota + o PIS/COFINS Majorado (D1_VALCMAJ + D1_VALPMAJ)
Imposto de Importação, frete e despesas.
O Imposto de Importação, assim como Despesas, podem ser digitados na aba "Descontos/Fretes/Despesas" da rotina documento de entrada (MATA103) conforme imagem abaixo, desta forma estes impostos serão agregados ao custo automaticamente.
O imposto de importação também pode ser gravado no campo D1_II, para agregar ao custo, quando gravado no campo D1_II, será necessário habilitar o parâmetro MV_EIC0064.
As notas de frete também podem ser gravadas através da rotina Conhecimento de Frete (MATA116) ou mesmo pela rotina Documento de Entrada (MATA103), para isto basta que configurar os camposdo TES F4_ESTOQUE = Sim e o F4_QTDZERO = Sim para que possamos digitar apenas custo não sendo necessário digitar quantidade.
O que normalmente solicitamos em caso de problemas/duvidas relacionados ao Custo de Entrada?
É sempre importante enviar a memória de cálculo para podermos entender como é composto o custo do cliente, segue abaixo exemplo de memória de cálculo.
Total da Nota – ICMS + IPI + PIS/COFINS.
É possível agregar o imposto de INSS e outros impostos ao Custo do Produto?
Sim. Para configuração do imposto de INSS, segue usar a referência do artigo a seguir:
MP - SIGAFIN - Configuração e parâmetros do imposto INSS
O valor de INSS é tratado de forma contábil. Para agregar a valor do imposto do INSS ao custo do produto somente é possível por customização e poderá ser usado o ponto de entrada A103CUST - Manipula Custo de Entrada
É possível abatimento de crédito presumido no custo?
Como funciona o Abatimento do Crédito Presumido no Custo
Saiba mais:
Clique aqui e veja mais artigos sobre Custos no Estoque
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