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Manufatura - Linha Datasul - MCS - Valorização de ordens com reporte por operação ou ponto de controle

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Dúvida
Como ocorre a valorização das ordens com reporte por operação e ponto de controle?

Ambiente
TOTVS Manufatura - TOTVS Manufatura (Linha Datasul) - Custos (MCS) - Versão 12

Solução
O reporte por operação ou ponto de controle funciona como se cada operação da ordem fosse uma ordem de produção em separado. Ou seja, cada operação da ordem terá sua base de cálculo e de absorção. Para fazer a absorção dos custos de material, GGF  - gastos gerais de fabricação e MOB - mão-de-obra de uma determinada operação, o cálculo do médio faz uma proporcionalidade entre a quantidade produzida na última operação e a operação em questão.

No relatório de ordens de produção CS0503 - Resumo Ordens Serviço, é apresentado o campo Op Seq - sequencia da operação, onde é possível verificar a operação vinculada a um determinado movimento. O número que aparece neste campo é o número que a operação possui na rede-pert da ordem de produção e não o número da própria operação onde ocorreu o movimento. A rede-pert da ordem pode ser consultada no programa CP0521 - Consulta Rede Pert Ordem de Produção. Segue abaixo um exemplo de rede-pert da ordem e op seq:

Operação
Operação Predecessora
Op Seq
10   1
20 10 2
50 20 3


Se forem geradas movimentações para a operação 10, então o movimento de material receberá Op Seq igual a 1. Se for para a operação 20 receberá Op Seq 2 e se for para a operação 50 receberá Op Seq 3.

O custeio destas ordens é feito por operação, ou seja, o cálculo irá apurar os débitos e créditos existentes para a Op Seq 1, a Op Seq 2 e para a Op Seq 3. Com as informações de débito e crédito de cada operação, o próximo passo será definir um preço médio por operação. Depois de apurado os custos médios de cada operação, haverá uma soma entre as operações e se chegará no preço médio da ordem que será aplicado no produto acabado, movimentos de ACA - acabado e EAC - estorno do acabado.

Segue abaixo um exemplo de valorização:

Na ordem de produção 123 foram reportadas 50 peças na operação 1 porém na última operação foram reportadas apenas 35 peças, pois as outras 15 peças faltantes serão reportadas no próximo período. Os custos de material da operação 1 é de 100,00 e de GGF é de 45,00. Portanto:

Operação: 1
Quantidade produzida: 50,00
Valor de material 100,00
Valor de GGF 45,00

 

Operação: Última
Quantidade produzida: 35,00
Valor que será absorvido de material: X
Valor que será absorvido de GGF Y


Cálculo realizado para definir o valor X - valor de material que será absorvido na última operação:

tabela1.png

X = 100,00 * 35,00 / 50,00
X = 70,00

Deixando portanto um saldo devedor de 30,00 para ser absorvido pelas outras 15 peças, quando as mesmas forem produzida.

Cálculo realizado para definir o valor Y - valor de GGF que será absorvido na última operação:

tabela2.png

Y = 45,00 * 35,00 / 50,00
Y = 31,50

Deixando portanto um saldo devedor de 13,50 para ser absorvido pelas outras 15 peças, quando as mesmas forem produzidas. Este processo irá ocorrer para todas as operações da ordem de produção.

Vale observar que como a ordem de produção com reporte por operação já possui uma proporção entre as quantidades das operações e a quantidade reportada na última operação, é aconselhado que os tipos de custeio de material, GGF e MOB sejam total, para diminuir incidências de resíduos.

Se no exemplo citado acima, a ordem de produção 123 não fosse mais produzida as outras 15 peças, para ocorrer a absorção total dos saldos da operação 1 seria necessário que:

  • A ordem esteja com estado de terminada antes do cálculo do médio do período que foi movimentada.
  • Que a ordem possua movimentos de ACA no período que será calculado o médio, para efetuar a absorção.
  • A ordem não pode possuir nenhum movimento de material, GGF ou MOB com data superior a data que está sendo calculado o preço médio.

Nestas condições o cálculo do médio entende que deverá absorver todo o custo da operação, mesmo não tendo sido produzida toda a quantidade, pois caso contrário o Sistema irá reservar um determinado saldo para os movimentos futuros.

Outra situação que deverá ser observada é que a ordem não pode possuir uma operação que fique com saldo credor, ou seja, que possua mais valor a crédito do que a débito. Neste caso, o acabado será valorizado ao médio do mês anterior, mesmo que na soma desta operação com demais operações o saldo não esteja credor, que é o total apresentado no cabeçalho do relatório CS0503. Se o saldo da operação ficar zerado não tem problema, desde que exista algum saldo em alguma operação para o acabado absorver.

Se uma ordem de produção com tipo de reporte operação ou ponto de controle possuir movimentos de material para a operação 0 - zero, então a proporcionalidade descrita anteriormente não existirá pois como esta operação não é prevista na engenharia, o custo de material/GGF/MOB destes movimentos podem acabar sendo absorvidos totalmente pelo acabado daquele período, ou até não ser absorvido em nenhuma outra operação. Estes movimentos são geralmente provenientes do programa de requisição e devolução de material do módulo de estoque, como a rotina CE0205 - Requisição Material, onde não é obrigatório informar o número da operação para o qual se esta fazendo o movimento de REQ - requisição ou de DEV - devolução. Este tipo de operação normalmente gera problemas de custeio na ordem de produção, pois não é dada atenção ao fato de que o custeio da ordem é feito operação à operação.

Segue abaixo um exemplo desta situação:

Supomos na ordem de produção tenha sido requisitado 100kg do material X na operação 30 do reporte do produto A. Desta forma foi gerado um movimento de ACA do produto A na Op Seq 3 e um movimento de REQ do item X de 100kg também na Op Seq 3:

Item
Espécie
Tipo
Operação
Quantidade
Valor Material
A ACA Entrada 3 1 ?
X REQ Saída 3 100 25,00


Porém supomos que estes 100kg do material X foram digitados errados, pois deveria ter sido requisitado apenas 10Kg. Então ao invés de utilizar os programas de produção, utilizou-se o programa CE0205 para devolver os 90Kg requisitados a mais e não foi informado o número da operação neste movimento, assumindo Op Seq 0:

Item
Espécie
Tipo
Operação
Quantidade
Valor Material
A ACA Entrada 3 1 ?
X REQ Saída 3 100 25,00
X DEV Entrada 0 90 22,50


Se não considerarmos o fato da ordem ser com reporte por operação, então a mesma estaria correta já que existe um débito de R$ 2,50 para ser absorvido pelo produto acabado. Porém se utilizarmos o conceito da valorização das ordens com reporte por operação que faz com que cada operação tenha a sua própria base de cálculo, verificamos que a base da operação 0 está negativa em R$ 22,50. Como descrito anteriormente, quando existem operações críticas, com mais crédito do que débito, então o custo médio desta operação será o preço médio do item pai da ordem no mês anterior e como consequência teremos diferença entre o débito e o crédito da ordem de produção. 

Lembrando que esta situação da ordem ter mais crédito do que débito pode ocorrer em qualquer operação e não somente na operação zero. Independente do número da operação, para a ordem não ficar crítica então é preciso que não exista operações com mais crédito do que débito.

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