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Dúvida
Como ocorre a valorização das ordens de produção no momento do cálculo do médio?
Ambiente
TOTVS Manufatura - TOTVS Manufatura (Linha Datasul) - Custos (MCS) - Versão 12
Solução
Os valores a débito nas contas das ordens de produção são gerados por todos os movimentos de material de saída do estoque e/ou recebimento e entrada na ordem de produção, como:
- REQ - requisições.
- EAC - estornos de acabado.
- DIV - transações diversas de saída.
- SOB - sobra de saída.
Todos os movimentos de material de entrada no estoque e saída da ordem de produção irão gerar valor a crédito na conta da ordem, como:
- ACA - reporte de acabado.
- RRQ - retorno de requisição.
- DEV - devolução.
- DIV de entrada.
- SOB de entrada.
No relatório CS0503 - Resumo ordens serviço, os movimentos de material possuem a informação da coluna Tp que informam se o movimento de material é de Ent - Entrada - crédito ou de Sai - Saída - débito.
O cálculo do médio primeiro valoriza todos os movimentos do período que não são ACA/EAC. Depois de valorizá-los, os movimentos de entrada serão somados e atualizarão a tabela de saldo da ordem de produção - cabeçalho do relatório CS0503 na coluna de créditos. O mesmo irá ocorrer com os movimentos de saída, porém irão atualizar a tabela de saldo da ordem na coluna de débitos.
Quando todo o procedimento acima estiver feito, o cálculo do médio irá definir o valor unitário com o qual os movimentos de ACA/EAC serão valorizados. Para tal, o programa do cálculo do médio irá diminuir o total de valor de crédito do total de valor de débito, ou seja, débito menos crédito, se este resultado for positivo, irá dividir pela quantidade produzida da ordem no período. Neste momento também será levado em consideração se o tipo de custeio de material da ordem é total ou proporcional.
Uma vez definido o valor unitário de material, o mesmo será aplicado nos movimentos de ACA/EAC, multiplicando este valor unitário pela quantidade do movimento. Caso a ordem tenha co-produto, então será aplicado ainda a fórmula própria deste tipo de movimento.
Depois de valorizar os movimentos de ACA/EAC, os mesmos também serão atualizados na tabela de saldo da ordem, lembrando que movimentos de ACA serão crédito e os movimentos de EAC serão débitos. Se na definição do valor unitário da ordem o valor ficar negativo, ou seja, se existir mais crédito do que débito, então a ordem é caracterizada como crítica e os movimentos de ACA/EAC serão valorizados ao médio do mês anterior de seus itens.
Vale salientar que estamos exemplificando acima apenas a base de cálculo da ordem referente aos movimentos de material. O mesmo processo irá ocorrer com os movimentos de GGF - Gastos gerais de fabricação e de MOB - Mão-de-obra direta. Para os movimentos de GGF e Mão-de-obra, temos apenas que mudar o conceito de débito e crédito, pois os movimentos de reporte, com tipo igual a Ent, irão atualizar o saldo da ordem na coluna de débito, enquanto os movimentos de estorno, com tipo igual a Sai, irão atualizar o saldo da ordem na coluna de crédito.
Portanto, sem contar as moedas alternativas, numa ordem de produção podem existir três bases de cálculo: Material, GGF e MOB. Se apenas uma destas três bases de cálculo ficar crítica, ou seja, com mais crédito do que débito, ou se as três bases ficarem zeradas, então os movimentos de ACA/EAC serão valorizados ao médio do mês anterior.
Determinadas situações como looping de estrutura em ordens que não são conserto, retrabalho ou reaproveitamento, também fazem com que os movimentos de ACA/EAC sejam valorizados ao médio do mês anterior.
Se a ordem não ficar crítica, mas ocorrer sobra de resíduo, o Sistema tentará fazer a absorção destes centavos no registro ACA/EAC de maior valor apurado na ordem.
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